segunda-feira, 31 de março de 2025

Influenciadora é morta enforcada com cinto de segurança pelo ex-namorado

A influenciadora Beatriz dos Anjos Miranda, de 24 anos, foi morta pelo ex-namorado Antônio Lício Morais da Costa, de 20 anos, enforcada com o cinto de segurança de um carro, no último sábado (29) em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. 

Depois do crime, ele ainda abandonou o carro em um terreno e incendiou o veículo com o corpo da jovem dentro. Com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, Beatriz compartilhava seu dia a dia e fazia vídeos de humor, inclusive com Antônio enquanto estavam juntos. Nos últimos dias, ela repostou vídeos em que aparece brigando com o ex-namorado, o acertando com uma faca em determinado momento.

Segundo Beatriz, o motivo da briga e das agressões seria uma traição de Antônio com uma prima dela. No dia do crime, Antônio e Beatriz também estariam brigando, segundo a Polícia Militar, quando Antônio foi para o banco de trás do carro e estrangulou Beatriz com o cinto de segurança. Depois, colocou fogo no veículo.

As chamas foram apagadas pelo Corpo de Bombeiros antes do fogo destruir o carro. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o corpo de Beatriz estava dentro do veículo com sinais de violência.

Lício Morais teve a prisão em flagrante convertida para preventiva, portanto seguirá preso. Durante a audiência de custódia, poucas horas após ser capturado, ele confessou a prática do crime em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e afirmou que após matar Beatriz, teria contado à mãe dele o que fez. 

No depoimento, Antônio Lício alegou que “agiu por impulso” e contou que já tinha brigado com a vítima antes e que, no dia do crime, após ela “o ameaçar” ele a sufocou e estrangulou com o cinto de segurança, percebendo depois que ela estava morta. Ele também confessou que tentou botar fogo no veículo. 

Segundo Antônio, os dois tinham um relacionamento amoroso há aproximadamente um ano e, disse ele, a vítima já o teria ferido com uma arma branca antes, gerando inclusive registro na Delegacia de Homicídios.

Ele também afirmou em depoimento que, na madrugada do crime, estava voltando para sua residência de carro com a vítima e durante o trajeto ela teria “começado a ameaçá-lo”. Após estrangular Beatriz, ele levou o carro a um loteamento e tentou atear fogo no veículo. Ao ser questionado sobre se tentou esconder o crime, negou, dizendo não saber precisar o motivo de ter ateado fogo no carro.


quinta-feira, 27 de março de 2025

Polícia investiga morte de idoso baleado por PM após ameaça com faca em Coelho Neto

A Polícia Civil do Maranhão investiga a morte de Francisco de Sousa, um idoso de 67 anos, baleado por um policial militar após ameaçar o agente com uma faca em Coelho Neto, a cerca de 367 km de São Luís. O caso, que ocorreu no último dia 18 de março, ganhou repercussão nas redes sociais nos últimos dias.


De acordo com o tenente-coronel Luís Carlos, a guarnição foi chamada para conter o idoso, que estaria ameaçando populares com uma faca. Em um vídeo, é possível ver o momento em que Francisco de Sousa também ameaça o policial que participava da ocorrência. O objetivo da guarnição era desarmar o idoso, mas ele avançou contra um dos policiais, que correu enquanto outro policial da equipe ordenava que ele atirasse.


Em poucos segundos, o policial disparou contra o idoso, que caiu ao chão. A guarnição prestou os primeiros socorros para conter o sangramento até a chegada da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, o idoso não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.


Segundo o tenente-coronel, um dos policiais sofreu um pequeno corte na mão enquanto tentava desarmar o idoso. Em nota, a PMMA informou que instaurou procedimento para apurar a conduta do policial. Leia na íntegra:


"A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) informa que, nesta quarta-feira (26), uma guarnição foi acionada para atender a uma ocorrência de ameaça. No local, o suspeito sacou uma faca, ameaçando a guarnição e desobedecendo às ordens para largar a arma.


Diante da investida do agressor contra os policiais, foi necessário efetuar um disparo na perna para conter a ameaça. O suspeito recebeu atendimento imediato, com aplicação de torniquete por um integrante da patrulha, até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Um policial sofreu escoriações na mão durante a ação.


A PMMA instaurou processo administrativo para apurar os fatos e a conduta do policial".


quarta-feira, 26 de março de 2025

Por unanimidade, STF torna réus Bolsonaro e aliados

Os ministros da Primeira Turma aceitaram na íntegra denúncia da Procuradoria-Geral da República contra 8 pessoas do chamado “núcleo 1”

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus, nesta quarta-feira (26/3), por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados. Relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes aceitou na íntegra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Os investigados foram denunciados por participar de uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. A denúncia começou a ser analisada na terça-feira (25/3), e a sessão foi retomada nesta quarta com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Como o Supremo aceitou a denúncia, uma fase de instrução processual se iniciará. Nela, serão colhidos depoimentos de testemunhas e dos acusados, além da apresentação de provas.

Encerrada essa etapa, o Supremo Tribunal Federal realizará um novo julgamento para decidir se os envolvidos são culpados ou inocentes.

O que diz Moraes

Na abertura do voto, Moraes ressaltou que, “na hipótese em análise, a Procuradoria-Geral da República, nos termos do artigo 41 do Código de Processo Penal descreveu satisfatoriamente os fatos típicos e ilícitos com todas suas circunstâncias, dando aos acusados o amplo conhecimento dos motivos”.

Para Moraes, Bolsonaro e aliados foram protagonistas de “tentativa de golpe de Estado violentíssima”.

Ainda segundo o ministro relator, “a consumação do crime do artigo 359 M – tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído – ocorreu por meio de sequência de atos que visavam romper a normalidade do processo sucessório”.

“Esse propósito ficou evidente nos ataques recorrentes ao processo eleitoral, na manipulação indevida das forças de segurança para interferir na escolha popular, bem como na convocação do alto comando do Exército para obter apoio militar a decreto que formalizaria o golpe. A organização criminosa seguiu todos os passos necessários para depor o governo legitimamente eleito”, seguiu o ministro.

Para Moraes, “a organização criminosa seguiu todos os passos para depor o governo legitimamente eleito” e “os crimes praticados no dia 8 de janeiro, em relação à sua materialidade, foram gravíssimos”.

Voto audiovisual

Ao votar, o ministro exibiu vídeos de uma série de fatos ocorridos desde a diplomação do presidente Lula, o que inclui o ataque à sede da Polícia Federal, com carros incendiados nas imediações, bem como o explosivo encontrado nos arredores do Aeroporto na véspera de Natal. A intenção foi mostrar que tudo veio em uma sequência.

“8 de janeiro de 2023 foi uma notícia péssima para a democracia, para as instituições, para todos os brasileiros e brasileiras que acreditam num país melhor. Mas esse viés de positividade faz com que nós, aos poucos, relativizemos isso. E esqueçamos que não houve um domingo no parque. Não foi um passeio no parque. Ninguém, absolutamente ninguém que lá estava, estava passeando. E ninguém estava passeando porque tudo estava bloqueado e houve necessidade de romper as barreiras policiais.”

Vota para tornar Bolsonaro réu

De acordo com Alexandre de Moraes, “há indícios razoáveis de recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República, que aponta Jair Messias Bolsonaro como líder da organização criminosa, demonstrando a participação do ex-presidente da República com os elementos de prova colhidos na investigação da Polícia Federal.”.

Moraes ainda ressalta que a denúncia detalha a participação de Bolsonaro no plano e os atos executivos. “Em 2021, Jair Messias Bolsonaro começou a organizar uma estratégia para difundir notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro”, disse o ministro.

“Em live do dia 29 de julho de 2021, Anderson Torres, então ministro da Justiça, atacou as urnas sem nenhum fundamento e sem apresentar nenhum elemento concreto”, afirma Moraes. “E a partir daí, a partir da live, viralizou-se, com o uso das milícias digitais e do famoso gabinete do ódio, que também vem sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República. E ‘gabinete do ódio’ – não foi o Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal ou a Procuradoria-Geral da República que deu esse nome.”

Seguiu o ministro: “Gabinete do Ódio foi uma entrevista dada pelo então ministro da Secretaria de Governo do então presidente Jair Bolsonaro, General Ramos, que disse que no Palácio havia um gabinete do ódio que preparava notícias e falsas, fraudulentas, inclusive em relação a ele mesmo.”

Por fim, Moraes votou pelo aceite da íntegra da denúncia da PGR e para que os 8 denunciados se tornem réus. Os demais ministros da Primeira Turma precisam votar para confirmar o resultado.

Votos de Dino, Fux, Cármen Lúcia e Zanin

Em seu voto, o ministro Flávio Dino ressaltou que há um debate sobre a presença de violência e grave ameaça no caso. No entanto, considera que essa tese fica afastada pelo vídeo apresentado por Moraes. “É importante lembrar que estamos tratando de fatos que vêm desde 2021 e culminam no 8 de Janeiro. Nesse período, houve, sim, apreensão de armas em vários momentos, inclusive no próprio 8/1”, afirmou.

Luiz Fux acompanhou integralmente o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. “Tenho duas observações: uma é sobre a legislação. Se fosse em termos preteritos, jamais se caracterizaria a tentativa como crime consumado. Não tenho a menor dúvida disso. Tenho até a impressão de que haveria arguições de constitucionalidade em razão da violação da Constituição brasileira, do princípio da reserva legal, da indivuialização das condutas, que jamais se admitiria a tentativa um crime consumado. Mas, dure lex sed lex, a lei prevê. Tá cumprido o principio da legalidade”, destacou.

Cármen Lúcia também seguiu o relator, alcançando 4 x 0 a favor da denúncia contra Bolsonaro e aliados. “Os tipos de materialidade estão presentes. O que tem como indício comprova que há conhecimento e participação. Se era criminosa ou para ser partícipe do golpe, é outra história. Temos deinstruir, ver as provas”, ressaltou.

Zanin, o último ministro a votar, acompanhou os colegas: “Não adianta a pessoa dizer que não estava no dia 8 de Janeiro se ela corroborou para o que culminou no dia 8 de Janeiro. Existe uma série de documentos. Há materialidade e indício de autoria para ensejar o recebimento integral da denúncia”.

Os cinco ministros que votaram até o momento concordam com os termos da PGR.

A denúncia

Entre os crimes imputados ao ex-presidente e aos outros denunciados, estão liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia da PGR foi reforçada na terça (25//3) após a apresentação das defesas de todos os denunciados. “A manifestação é pelo recebimento da denúncia”, disse Paulo Gonet, procurador-geral da República.

Gonet rebateu, de forma conjunta, os argumentos apresentados pelos oito investigados que fazem parte do chamado núcleo central da suposta organização criminosa. A PGR fatiou a denúncia do STF sobre os acusados pela trama golpista em cinco núcleos. No total, 34 pessoas foram denunciadas.

Nesta fase, a Primeira Turma analisa a denúncia contra 8 deles, incluindo Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno.

O processo

O ministro Alexandre de Moraes, como relator, foi o primeiro a registrar o voto sobre o caso. Na sequência, apresentam o voto os demais integrantes da Primeira Turma do STF, do mais novo para o mais velho, mas terminando no presidente da Turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O núcleo com denúncias julgadas nesta fase inclui: 

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; 

Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); 

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; 

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); 

Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; 

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; 

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; e 

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil.

Na terça, a sessão foi aberta pelo presidente do colegiado, ministro Zanin. Depois disto, foi a vez de Moraes, relator do caso, ler o relatório da apuração. Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se por cerca de 30 minutos.

Os advogados dos denunciados apresentaram as defesas ainda pela manhã. À tarde, houve votações de questionamentos pontuais das defesas – todos rejeitados.


segunda-feira, 24 de março de 2025

Justiça mantém pena de 14 anos de prisão para veterinário que matou empresário a tiros dentro de clínica em São Luís

A família da vítima e o Ministério Público pediram a reavaliação da pena, defendendo a ampliação dela por causa da gravidade do crime. Mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.

A Justiça do Maranhão manteve, nesta segunda-feira (24), a pena de 14 anos de prisão para o médico veterinário Daniel Leite Cardoso, que foi condenado em junho de 2024 pelo assassinato do empresário Eduardo Viégas Costa, em São Luís.

Eduardo foi morto a tiros na noite do dia 9 de setembro de 2020, dentro de uma clínica veterinária no bairro Monte Castelo, na capital maranhense. Imagens de câmera de segurança do local registraram o momento em que o médico veterinário mata o empresário com nove tiros.

O veterinário foi condenado a 12 anos pelo homicídio de Eduardo Viégas e 2 anos por lesão corporal contra a namorada do empresário, que teve a mão ferida no momento do crime. No entanto, Daniel Leite só ficou preso por cerca de um ano. Após o julgamento, a Justiça do Maranhão deu a ele o direito de recorrer da decisão em liberdade.

Inconformados com pena mínima dada ao veterinário, a família da vítima e o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) pediram a reavaliação da pena, defendendo a ampliação dela por causa da gravidade do crime. O recurso foi julgado nesta segunda, no Tribunal de Justiça do Maranhão.

Daniel Leite não compareceu na sessão, mas foi representado pelo advogado. A defesa dele pediu a anulação do julgamento e um novo Júri Popular, alegando falhas no processo e questionando a condenação.

Antes do julgamento, a defesa disse que iria insistir para que o condenado continuasse a responder em liberdade.

Após o julgamento do recurso, a Justiça do Maranhão decidiu manter a sentença de 14 anos de prisão. Porém, o condenado Daniel Leite teve agora a prisão em regime fechado decretada. Ele ainda vai poder recorrer dessa nova decisão.

Relembre o crime

O crime aconteceu na noite do dia 9 de setembro de 2020, por volta das 19h40. Segundo a denúncia do Ministério Público, Eduardo Viegas Costa, acompanhado da namorada, foi até a clínica veterinária para buscar seu gato de estimação, que estava internado desde o dia anterior para tratamento de uma doença renal.

Ainda, conforme os autos, o denunciado solicitou que o animal permanecesse no estabelecimento para que o tratamento fosse finalizado, mas o dono resolveu retirar o gato para levá-lo a um veterinário de sua confiança e que já acompanhava o animal.

Nesse momento, de acordo com os autos, iniciou uma discussão quando a vítima questionou sobre o valor cobrado pelo serviço prestado e pediu que fossem discriminados os procedimentos realizados e as medicações usadas para que Eduardo Viegas Costa informasse ao veterinário de sua confiança e para que o valor fosse avaliado.

A vítima também pediu nota fiscal e a devolução da diferença do valor que dera como caução no dia anterior. Eduardo Viegas Costa começou filmar o estabelecimento e o veterinário, sendo que o réu foi em direção à vítima para impedir a filmagem, inciando uma briga com socos.

Em seguida, Daniel Leite desferiu nove disparos de arma de fogo no empresário que morreu no local. Josievelyn Cutrim, que estava próxima ao namorado, foi atingida na mão com um tiro.

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Mãe e padrasto são indiciados por morte de bebê em Anapurus; vítima sofria rotina de tortura e maus-tratos

A Polícia Civil do Maranhão, por meio da 3ª Delegacia Regional de Chapadinha, concluiu as investigações e indiciou o padrasto e a mãe pelo crime de feminicídio contra a bebê Sterfany Ravena Gomes da Silva, de apenas 1 ano e 7 meses de idade, morta no dia 4 de março deste ano, na cidade de Anapurus, a 278 km de São Luís.

O inquérito policial reuniu um vasto conjunto de provas que confirmam que a criança foi submetida a um histórico de agressões e maus-tratos por parte do padrasto, com a omissão deliberada da mãe, culminando em sua morte brutal.

Nesta segunda-feira (24), uma equipe da Polícia Civil deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra a mãe da vítima pelo crime de omissão.

De acordo com as investigações, Ravena foi agredida violentamente na região da cabeça, o que lhe causou traumatismo cranioencefalico e consequente óbito. No momento do crime, a vítima estava unicamente na companhia do padrasto e da mãe. A investigação descartou a versão inicial apresentada pelo casal, que alegava se tratar de um acidente doméstico, ou seja, uma queda de rede.

A investigação e os depoimentos de testemunhas revelaram que a criança era constantemente agredida, mantida durante longos períodos dentro de uma rede e, por vezes, privada de alimentação adequada.

O delegado Jesimiel Alves, titular da Delegacia Regional de Chapadinha, destacou que as investigações reuniram provas técnicas robustas que fundamentaram o indiciamento do padrasto e da mãe.

Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) apontaram que a vítima apresentava múltiplas lesões na face e na região posterior da cabeça, causadas por instrumento contundente. Foi, portanto, descartada a hipótese de acidente doméstico, comprovando-se que se tratou de um homicídio cruel e violento, precedido de uma rotina de tortura e maus-tratos.

Ficou evidenciado que os investigados apresentaram versões contraditórias à Polícia Civil, tentando ocultar os maus-tratos e sustentando, inicialmente, a tese de um acidente doméstico.

A mãe da criança também foi indiciada, pois, segundo as investigações, ela tinha plena ciência das agressões sofridas pela filha e, ainda assim, não comunicou os fatos à polícia ou ao Conselho Tutelar. Além de não afastar a vítima do agressor, ela manteve uma versão falsa sobre a relação do padrasto com a criança, caracterizando uma omissão penalmente relevante.

O padrasto foi preso em flagrante no mesmo dia do crime. Ele ainda permanece preso.

O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público para as providências cabíveis.

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sábado, 22 de março de 2025

Idosa morre após ser atropelada por caminhão de coleta de lixo no São Raimundo, em São Luís

 

Uma idosa morreu, na manhã deste sábado (22), após ser atropelada por um caminhão da coleta de lixo de uma empresa terceirizada, que presta serviços para a Prefeitura de São Luís.

O acidente aconteceu na rua 21 do conjunto São Raimundo, na capital maranhense.

De acordo com testemunhas, o atropelamento aconteceu no momento em que o motorista manobrava o veículo para dar a ré na esquina.  A vítima, que passava pelo local, teve a cabeça esmagada pelo caminhão.

Segundo moradores da região, a idosa morava na rua em que sofreu o acidente e estava a caminho da igreja quando foi atropelada.

A Prefeitura de São Luís não se manifestou sobre o acidente.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Bandidos que sequestraram, agrediram e roubaram R$ 15 mil de moradores do Residencial Ribeira são presos em São Luís

Três suspeitos de integrarem uma organização criminosa foram presos, na manhã desta sexta-feira (21), no Residencial Ribeira, em São Luís. Eles são apontados pela Polícia Civil do Maranhão como autores de um roubo com restrição de liberdade, praticado no dia 29 de dezembro de 2024.

As investigações indicam que o trio capturou as duas vítimas na praça principal do Residencial Ribeira. Sob a mira de armas de fogo, elas foram forçadas a entrar em um veículo, onde permaneceram em cativeiro por cerca de duas horas, sendo brutalmente agredidas e humilhadas.

Durante o sequestro, a quadrilha obrigou as vítimas a realizar transferências via PIX, totalizando R$ 15 mil, para uma conta vinculada a um dos assaltantes.

A polícia aponta, ainda, que os criminosos não utilizaram disfarces, o que permitiu o reconhecimento imediato por parte das vítimas. Três dos autores do crime já haviam sido presos anteriormente.

Entre os detidos nesta sexta está um homem identificado como “Mata Rindo”. Outro preso, conhecido como “Seu Galça”, possui um extenso histórico criminal e é apontado como mandante do assassinato de uma mulher no início deste ano.

A vítima teria sido morta por ter, supostamente, traído um integrante do grupo criminoso, com quem tinha um relacionamento amoroso.

Além desse assassinato, a organização criminosa é responsável por tráfico de drogas, homicídios e roubos qualificados na região. Os moradores do Residencial Ribeira viviam sob constante ameaça devido à atuação do grupo.


Fundação oferece R$ 100 mil por dica que leve à elucidação do assassinato de holandês e namorada em São Luís

A Fundação holandesa Peter R. de Vries oferece R$100 mil pela ‘dica de ouro’ no caso do duplo homicídio arquivado de Sandra Maria Dourado de Souza (42) e Joel Bastiaens (23), mortos a tiros em 28 em 28 de fevereiro 2010 em São Luís (MA).

O que aconteceu?

O holandês Joel Bastiaens (23) e sua namorada brasileira Sandra Maria Dourado de Souza (42) foram brutalmente assassinados no domingo 28 de fevereiro de 2010 na Rua 20, Quadra 03, casa 12, Alto do Jaguarema, Bairro Araçagy, São José de Ribamar – Grande São Luís (Maranhão), Brasil. Sandra, uma agente imobiliária, recebeu ligações telefônicas de um suposto interessado, informando que já estava no local, solicitando para mostrar uma casa que estava vendendo. Joel foi junto com ela. 

Ao chegar, por volta de 10:20 horas, Joel abriu a porta para esperar o suposto comprador e foi imediatamente baleado na cabeça por um homem descrito como sendo alto, branco, de cavanhaque e/ou barba. Logo depois Sandra também foi morta a tiros. O assassino imediatamente fugiu de motocicleta vermelha e foi embora, usando um capacete de cor preta, com detalhes em vermelho.

De acordo com o inquérito da Polícia Civil há indícios de que o ex-marido de Sandra pode estar envolvido em razão de um conflito de propriedade com Sandra após o divórcio, ainda levando a crer que trata-se de um feminicídio. No entanto, a investigação policial no Brasil atualmente está arquivada sem levar os criminosos à justiça.

Quem foi Joël Bastiaens?

Ainda jovem, Joel já era inteligente e filosófico. Todos que o conheciam achavam que ele era bom e amigável. Durante seus estudos no ensino secundário profissional, ele queria viajar ao Brasil para fazer seu estágio. Lá, ele se apaixonou por Sandra. Ele finalizou seus estudos de negócios internacionais na Holanda e partiu novamente para Brasil, país que ele amava e que teve um efeito incrível sobre Joel. Sandra e ele começaram a trabalhar juntos no setor imobiliário e a construir uma casa própria, investindo em uma vida juntos.

Como está a situação agora?

Loes e Frans, os pais de Joel, pediram ajuda ao Ministério das Relações Exteriores da Holanda imediatamente após o duplo homicídio. A família de Sandra e um amigo de Joel os mantêm informados desde Brasil, mas o contato com o Ministério das Relações Exteriores foi difícil. O Ministério informou Loes e Frans que não podem interferir nos procedimentos investigativos e judiciais em outros países. No Brasil, a investigação policial foi arquivada, apesar das inúmeras pistas que poderiam ter identificado os envolvidos no crime. No momento, está pendente uma ação judicial contra o Estado de Maranhão em relação à indenização pelos danos causados, mas ainda não tem uma decisão definitiva. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos assumiu o caso devido à suposta violação dos Direitos Humanos e atraso injustificado na investigação policial.

Família

Loes e Frans ainda precisam lutar por justiça todos os dias. Eles se sentem abandonados pelo Ministério de Relações Exteriores da Holanda. O fato de que, depois de 15 anos, eles ainda têm que pressionar sozinhos para tentar solucionar o caso, mesmo que envolva o assassinato de um cidadão holandês, os magoa ainda mais. Eles não se sentem apoiados. Loes e Frans, portanto, fazem um apelo: Não estamos perguntando o que vocês não podem fazer, estamos perguntando o que vocês podem fazer.

Link https://www.peterrdevries.nl/joel-bastiaens-br/?twclid=22buc74959wvlyjwyz1yozu6yh

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quinta-feira, 20 de março de 2025

Influenciadora é presa em operação contra o 'Jogo do Tigrinho' em Bacabal

Durante a operação, o marido de Gabi, Paulo Vitor, também foi preso, após a polícia encontrar com ele canetas de Mounjaro que eram comercializadas ilegalmente nas redes sociais.

Uma operação policial realizada na manhã desta quinta-feira (20) prendeu influenciadores digitais suspeitos de envolvimento com jogos de azar ilegais, como o 'Jogo do Tigrinho', além de estelionato e lavagem de dinheiro. A ação ocorreu de forma simultânea no Ceará, Maranhão, Bahia e Minas Gerais.

No Maranhão, a Polícia Civil prendeu a influenciadora Maria Gabriela Casimiro da Silva, conhecida como Gabi Cazimiro, na cidade de Bacabal. O marido de Gabi, Paulo Vitor, também foi preso por venda ilegal de medicamentos usados para "auxiliar no emagrecimento".

“A gente vai ainda saber o que tá acontecendo. Na verdade, a gente tá sem saber de nada”, disse a influenciadora, ao chegar na delegacia.

Contra Gabi, havia mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela Justiça do Ceará. O mandado de busca visava apreender veículos, joias, valores e quaisquer objetos ilícitos.

Durante a operação, os investigadores apreenderam em endereços ligados a influenciadora documentos, cadernetas de anotações, um veículo, joias, dinheiro em espécie, celulares e notebooks. A Justiça do Estado do Ceará também decretou o bloqueio das contas da influenciadora.

Joias foram apreendias durante a operação

Durante a operação, o marido de Gabi, Paulo Vitor, foi preso em flagrante, após a polícia encontrar com ele cinco canetas de Mounjaro, medicamento usado para auxiliar o emagrecimento, que era comercializado ilegalmente pelas redes sociais.

Após os procedimentos em Bacabal, Gabi Cazimiro e Paulo Vitor serão levados para São Luís, onde ficarão à disposição da Justiça. A polícia continua as investigações para identificar outros envolvidos no esquema.

Paulo Vitor comercializava, ilegalmente, o medicamento pelas redes sociais

Sobre a operação

A Operação Gizê foi coordenada pela Polícia Civil do Estado do Ceará, que deu início às investigações em maio de 2023 e contou com o apoio investigativo e operacional das polícias civis do Maranhão (por meio da 16ª Delegacia Regional de Bacabal), da Bahia e de Minas Gerais.

As ações policiais se desenvolveram, simultaneamente, nas cidades de Juazeiro do Norte (CE), Barbalha (CE), Fortaleza (CE), Bacabal (MA), Feira de Santana (BA) e Munhuaçu (MG).

Segundo o delegado Oséias Cavalcanti, titular da 16ª Delegacia Regional de Bacabal, as investigações apontam que os influenciadores presos faziam parte de uma associação criminosa especializada em divulgar vídeos enganosos sobre ganhos em plataformas de apostas, com o objetivo de atrair seguidores e levá-los a investir dinheiro nesses sites. Quanto maior o número de cadastro de novos jogadores, maior a remuneração dispensada aos influenciadores.

A Polícia Civil do Ceará destaca que os influenciadores usam uma conta demo programada para apresentar resultados vitoriosos no jogo de cassino. Os influenciadores usam essa conta para demonstrar que é possível ganhar dinheiro facilmente com as apotas. No entanto, quando o público faz qualquer aposta, o resultado é sempre a perda de dinheiro.

Há, também, uma compensação financeira pela cooptação de outros influenciadores. Alguns mantinham contato direto com os gerentes dessas plataformas, algumas de origem chinesa.

Fraude e ostentação nas redes

Fortune Tiger é um cassino online ilegal no Brasil, mas que ficou famoso através de influencers

Com o dinheiro que os influenciadores recebiam vindo de um grupo chinês, eles ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais.

"Essa ostentação é de diversas maneiras. São viagens para o exterior, viagens para o Brasil, para destinos turísticos, frequentando restaurantes caros. É uma vida que a população média não tem acesso. É uma forma também de iludir os seguidores, que veem naquele influenciador digital um sucesso", detalha o delegado Geovane Morais, que coordena a operação.

Jogos ilegais

O "jogo do tigrinho" é um cassino on-line famoso que promete ganhos fabulosos. Na prática, o objetivo dele é que o jogador faça uma combinação de três figuras iguais nas três fileiras que aparecem na tela.

No Brasil, o "Fortune Tiger" ficou famoso principalmente devido à extensa campanha que incluiu muitos influenciadores digitais e jogadores que compartilham suas táticas para, supostamente, ganhar dinheiro.

Com informações do g1 MA