Rádio Voz do Maranhão

domingo, 17 de outubro de 2010

PROPINODUTO SEM FIM: CHEFE DE GABINETE LIGADO A DILMA E ERENICE TERIA COBRADO R$ 100 MIL DE DEPUTADO

Ganhou repercussão na imprensa a denúncia de mais um caso de pagamento de propina a pessoas ligadas à presidenciável Dilma Roussef e à Erenice Guerra, agora ex-ministra da Casa Civil. A revelação foi feita pelo deputado Roberto Rocha (PSDB/MA), que chegou a pagar parte da propina de R$ 100 mil a um dos assessores da Casa Civil.

O caso foi revelado pela revista Veja. O Jornal o Globo de ontem, 16, também repercutiu o caso. Confira:

O Globo
Mais uma denúncia de cobrança de propina envolve a Casa Civil e o atual chefe de gabinete da pasta, Vladimir Muskatirovic, levado ao Palácio do Planalto pela ex-ministra e candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Segundo reportagem da revista "Veja", o deputado Roberto Rocha (PSDB-MA) acusa Vladimir de ter cobrado R$ 100 mil para autorizar uma mudança societária na TV Cidade, afiliada da TV Record no Maranhão. A família do deputado é sócia da emissora.

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A "Veja" afirma que Rocha teria pago R$ 20 mil a Vladimir como sinal para resolver o problema, em 2007. Na época, Vladimir era assessor da secretária-executiva Erenice Guerra, depois promovida a ministra e demitida em meio a denúncias de tráfico de influência e corrupção envolvendo seus filhos.

Procurado pelo GLOBO, o deputado negou que tenha pago qualquer valor. Ele disse que a cobrança de propina chegou ao seu conhecimento através de um assessor, Ivo Icó Filho, que teria tido contato com Vladimir.

- Isso foi tratado entre a assessoria da Casa Civil e a minha. Claro que não (paguei nada). Não denunciei o caso na época pois não ia faltar quem dissesse que eu estava usando o mandato parlamentar para resolver problemas de família. Tentei uma solução no Judiciário.

Rocha confirmou que se reuniu com Erenice no Palácio do Planalto, em 2007, na tentativa de regularizar a composição societária da emissora. A cobrança de propina, segundo ele, veio depois. O deputado conta que a pendência não foi resolvida no Executivo nem no Supremo Tribunal Federal, onde um mandado de segurança chegou a ser ajuizado, mas nunca julgado.

O governo chegou a autorizar a mudança societária, em 2004, mas voltou atrás meses depois, anulando ato assinado pelo presidente. A solução, segundo Rocha, veio por um acordo entre sua família e os herdeiros do outro sócio da emissora.

Procurado pelo GLOBO, Vladimir não quis falar. Ivo Icó Filho não foi localizado. Segundo a "Veja", o assessor confirmou a cobrança de propina. "Vladimir deu a garantia de que resolveria tudo, desde que pagássemos R$ 100 mil," teria dito. Ainda segundo a "Veja", o deputado confirmou que pagou R$ 20 mil.

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