Beth Cuscuz |
As casas de shows adultos Beth Cuscuz,
Rancho (ambas na Zona Sul de Teresina) e Copacabana Show (Zona Sudeste) foram
lacradas e só poderão ser reabertas com medida judicial. Os proprietários dos
estabelecimentos são acusados de favorecer a prostituição, inclusive infantil.
Além disso, eles participariam de uma quadrilha que clonava cartões de crédito
para pagarem passagens áreas para as mulheres envolvidas no tráfico sexual.
A dona da boate Elizabeth Oliveira,
conhecida como Beth Cuscuz chegou presa na CICO (Comissão Investigadora do
Crime Organizado). Ela chegou acompanhada da delegada de proteção a criança e
ao adolescente, Andrea Magalhães.
Beth cuscuz disse para o Blog Efrém
Ribeiro que não sabia por que estava sendo presa. Ela chegou no banco traseiro
de uma viatura da Policia Civil. Além de Beth Cuscuz foi preso, Carlão que é
proprietário de outra boate no Dirceu.
A operação deflagrada pela Policia Civil
tem como objetivo prender pessoas envolvidas com o favorecimento da
prostituição, depois que foi constatado que a quadrilha presa pela CICO, que
clonava cartões de crédito usado para pagamentos em postos de combustíveis
tinha ligação com o favorecimento da prostituição. Os cartões clonados eram
utilizados para pagamentos de passagens aéreas de prostitutas que faziam
programas em outros Estados.
O agente da policia civil, Paulo Mota do
3°DP disse que 18 mulheres das boates Beth Cuscuz e Copacabana estão depondo na
delegacia de entorpecentes no bairro Saci.
José Pedro Sobreira Filho, advogado de
Carlos Alberto da Silva Fate, proprietário da boate Copacabana, disse que ainda
não sabe se a prisão foi por medida cautelar.
A Polícia Civil já deu cumprimento ao
mandado de prisão temporária em desfavor da nacional E. L. D. O, proprietária
de conhecido estabelecimento comercial que, segundo aponta inquérito policial,
é local de exploração da prostituição. Também estão sendo cumpridos os mandados
de condução coercitiva. Parte do material apreendido já está sendo trazido às
bases da operação.
Nota
Oficial
A Polícia Civil do Estado do Piauí
deflagrou, às 06 horas desta terça-feira (14), a Operação “Aspásia”, resultado
de investigações iniciadas há 15 meses para combater crimes de favorecimento à
prostituição e tráfico interno de pessoas praticados na cidade de Teresina.
A Operação Aspásia visa desarticular
organizações criminosas responsáveis pela cooptação de mulheres à prostituição
e exploração sexual destas, valendo-se, inclusive do uso da Internet para
divulgar anúncios comerciais com esse fim. A Polícia Civil do Piauí identificou
três organizações que mantinham sob fachada de estabelecimentos comerciais
lícitos locais destinados à exploração da prostituição e tráfico interno de
pessoas.
Diante das provas coletadas foram
solicitados pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e
deferidos pela autoridade judiciária competente após parecer favorável do
Ministério Público do Estado, mandados de prisão temporária e três mandados de
busca e apreensão; além de outras medidas cautelares, bem como o fechamento de
cinco sítios de internet relacionados aos crimes em tela. Todos esses mandados
serão cumpridos por 50 policiais civis.
Dentre os alvos dos mandados de busca
estão os conhecidos estabelecimentos comerciais Boate Beth Cuscuz e Boate
Copacabana, localizados nos bairro Cristo Rei e Dirceu Arcoverde, respectivamente.
A Operação Aspásia foi assim denominada
em alusão à mulher da Grécia Antiga que foi uma das amantes de Péricles e
encontrava-se no mais alto patamar das prostitutas da Grécia, personalidade
detentora de poder, que teve sob a sua rédea os homens gregos.
Haverá entrevista coletiva às 11 horas
desta terça-feira, na Academia de Polícia Civil do Piauí.
Efrém Ribeiro/Meio Norte
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