Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Um coronel que perde o controle da tropa e se desespera com a derrota iminente

Gilberto Lima

O coronel Sarney é inimigo de si mesmo. O seu ego ferido o faz perder o controle emocional. Aquela máscara de um político cordato, afável, conciliador, cai por terra diante de um dos piores momentos de sua longeva carreira política.

A decadência de seu império político causa-lhe sérios transtornos emocionais. O descontrole é visível. Está nas linhas e entrelinhas de seu artigo venenoso, publicado no último domingo, onde tacha seu principal adversário de ‘pivete’, e seus opositores de ‘bocas do inferno’.

Esse é o comportamento de um comandante que perdeu o controle da tropa. Que não consegue unir todos os aliados em torno do projeto de perpetuação no poder. O desânimo em grande parte da tropa é visível. A própria filha, ainda governadora, já teria lavado as mãos e prepara a bagagem para viver nos states. Afinal, são milhões acumulados ao longo de vários anos que precisam ser gastos. Uma aposentadoria em um paraíso, distante do Maranhão sofrido e aviltado por cinco décadas de abandono.

O supersecretário de saúde, como soldado rebelado, cuida tão-somente da candidatura da rebenta e de projetos de seu interesse político-eleitoral. Dane-se o projeto de perpetuação no poder. Para ele, o principal projeto é o familiar.

Com as rédeas frouxas, e sem ter forças para apertá-las, o coronel perde o controle do rebanho. Sem norte, sem rumo, é cada um por si. É o salve-se quem puder, diante do dilúvio que promete varrer o atraso do Maranhão. É o fim da velha política. De velhas práticas. E de políticos velhos.


E o coronel caminha para o isolamento em Curupu. Bom descanso.

2 comentários:

  1. José Paulino da Silva23 de julho de 2014 às 14:40

    Interessante Gilberto é que quando teve preterida pelo PT do Amapá sua candidatura com o apoio do partido esse Honorável Bandido teve a petulância de dizer que tudo que aquele Estado tem deve a ele. Quando se trata do Maranhão, outro feudo da família, diz que não tem responsabilidades pelo péssimo IDH do Estado e culpa o Imperialismo, a quem ele tanto serviu desde a ditadura e, de quebra, a ONU, para quem até pouco tempo queria pousar de estadista. Pode, amigo?

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  2. José Paulino da Silva23 de julho de 2014 às 14:45

    Interessante Gilberto, é que esse honorável bandido quando teve preterida sua intenção de se candidatar à reeleição pelo Estado do Amapá, ele disse em seu arroubo, que tudo que existe naquele Estado se deve a ele. agora, quando se trata do Maranhão, outra capitania sua, ele diz que não tem culpa pelo péssimo IDH do Estado, imputando a culpa ao Imperialismo, a quem ele muito serviu desde o tempo da ditadura e, à ONU para quem ele queria pousar de estadista até pouco tempo. Pode? Ele só que os louros, o bônus; nada de ônus.

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