Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Prefeitura reafirma postura de diálogo com Sindicato dos Professores

Secretário Geraldo Castro
A Prefeitura de São Luís reafirmou a disposição para o diálogo com o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino de São Luís (Sindeducação). O posicionamento do Município foi explicitado mais uma vez nesta terça-feira (19) pelo secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, durante entrevista às rádios Educadora e Difusora AM.

O secretário lembrou que já foram realizadas sete reuniões até agora, sempre com a presença do Ministério Público Estadual (MPE), por meio da titular da 2ª Promotoria Especializada em Educação, Maria Luciane Belo. O esforço para continuar com as negociações tem ocorrido mesmo após o movimento de paralisação dos professores ter sido decretado ilegal pela Justiça do Maranhão e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e mesmo com invasão ao prédio da Prefeitura.

“É uma inverdade dizer que este governo não negocia. Foi confirmada a ilegalidade da greve, mas ainda assim nos interessa o diálogo, porque os impasses devem ser resolvidos. Temos conduzido este processo de negociação participando de todos os passos para que se chegue ao entendimento, buscando desarmar os espíritos. Apostar no confronto não beneficia a categoria”, declarou Geraldo Castro Sobrinho.

O titular da Educação lembrou que a Prefeitura está trabalhando para atender às reivindicações do movimento dentro das atuais possibilidades financeiras, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele explicou que essas limitações, cumprimento da LRF e queda da arrecadação, ocorrem na maioria dos municípios brasileiros, não sendo a capital maranhense um caso isolado.

“Assim como a categoria, levada pelo sindicato, está esperando uma proposta, também a Prefeitura, levada pela responsabilidade, está dando passos para que as coisas sejam possíveis. Não tomaremos, porém, nenhuma medida que possa quebrar o município ou comprometer as folhas de pagamento”, afirmou o secretário.

Geraldo Castro Sobrinho enfatizou que quase a totalidade dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais do Magistério (Fundeb) já é utilizada para o pagamento da folha de professores. Ele lembrou que no ano passado, foi possível conceder um reajuste salarial de 9,5% a categoria e também diversas progressões salariais que estavam pendentes.

OUTRAS AÇÕES

O secretário destacou ainda os avanços que estão sendo obtidos pela Prefeitura e que foram reforçados na mesa de negociação, a exemplo da regularização funcional de servidores, com a consequente concessão de aposentadorias que estavam estacionadas. Outro importante passo para a Educação foi a regularização do calendário escolar, assim como a aquisição de 40 ônibus para transporte escolar dos estudantes da zona rural.

Para sanar o antigo déficit de professores na rede municipal de ensino, a Prefeitura realizou no ano passado processo seletivo simplificado, contratando mais de 600 professores. Agora, o Município trabalha para realizar o primeiro concurso público na área em vários anos, com a convocação dos aprovados à medida que a saúde financeira do Município for estabilizada. A comissão para elaborar o edital do certame já está constituída, e conta inclusive com a participação de integrantes do Sindeducação.

Um comentário:

  1. O prefeito e o secretário de educação alegam não ter dinheiro para atender as reivindicações dos professores. O FUNDEB é um recurso diferenciado dos demais para atender a educação básica. Somos profissionais da educação e merecemos também um reajuste diferenciado. As explicações da semed não me foram satisfatórias. Quero ser respeitada tanto na questão salarial quanto nas condições de trabalho. SOU TRABALHADORA, NÃO SOU VAGABUNDA, como você, Gilberto Lima, permite que muitos ouvintes assim me chamem. Enfrento diariamente salas de aula insalubres, violência, falta de material didático, turmas lotadas etc., diferentemente do ambiente de trabalho do prefeito e do secretário. Sr. Gilberto, certamente você e tantos outros desconhecem a realidade das escolas públicas e se acham com legitimidade para nos criticar. Quero lhes dizer que NÃO OS RECONHEÇO como parte legítima para emitir críticas sobre o movimento paredista ou sobre qualquer aspecto que se refiram aos profissionais da educação pública municipal de São Luís.

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