Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Em resposta a ataques de Sarney, Marina Silva diz que cabos eleitorais de Dilma estão 'desesperados'

LUIZ FERNANDO BRUMANA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA

Marina diz que Sarney é exemplo da "velha política"
A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) afirmou nesta quinta-feira (18) que cabos eleitorais da presidente Dilma Rousseff estão "desesperados" diante da perspectiva de derrota na eleição.

Marina, que fez campanha em Vitória (ES), comentava as críticas que recebeu do senador José Sarney (PMDB-AP), que em comício no Maranhão nesta semana disse que a candidata tem "cara de santinha" e "vontade de ódio".

A ex-ministra do Meio Ambiente tem citado Sarney e políticos como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL) como exemplos da "velha política" que precisaria ser superada no país.

"Não fizemos a escolha pela embate porque somos contra a velha política, que tenta fugir dos problemas com ofensas pessoais. Os nossos adversários estão apavorados, desesperados, inclusive os cabos eleitorais de Dilma, com a possibilidade que o povo brasileiro está demonstrando que pode fazê-los perder", afirmou Marina.

Marina também retomou as críticas à gestão do PT na Petrobras, que associou à "velha política". E classificou as atuais investigações sobre corrupção na empresa como "mega mensalão de arrepiar o cabelo".

"Na velha política tem gente que acha que manda em tudo e ainda no resto. É isso que a gente vê na Petrobras. Um diretor da Petrobras que fez o mega mensalão do país, de arrepiar o cabelo do mais corrupto desse país. Vamos corrigir", disse.

A candidata do PSB citou promessa de Dilma na campanha de 2010 para construção de creches e afirmou que a promessa ficou no papel. "Dilma falou que iria construir 6.000 creches. Sabe quanto ela construiu? 400. Cem por ano".

Voltou a cobrar a divulgação do plano de governo de Dilma e de Aécio Neves (PSDB) e disse que tem que recorrer à internet para se defender de ataques que sofre na propaganda eleitoral.

"Só tenho dois minutos [no programa eleitoral] para me defender das mentiras. Dilma tem 11 minutos. Minha saída são as redes sociais", afirmou.

Marina chegou a Vitória no meio da tarde e permaneceu na cidade por cerca de quatro horas. Gravou programas eleitorais para aliados, como o governador Renato Casagrande (PSB), que tenta a reeleição, e discursou para correligionários e militantes num clube tradicional da capital capixaba.

Foi a segunda visita da presidenciável ao Estado nesta campanha. A primeira ocorreu no dia 29 de julho, quando ela ainda era vice do pernambucano Eduardo Campos (PSB), morto num acidente aéreo em 13 de agosto.

Indagada sobre a divisão dos royalties do petróleo, já que o Espírito Santo é um estado produtor, Marina disse que o governo Dilma tem perdido credibilidade ao não honrar compromissos contratuais.

"Temos a tradição de manter os contratos e compromissos. Quem não tem feito isso é o governo atual, que tem perdido cada vez mais credibilidade. Os contratos anteriores serão mantidos e vamos aguardar decisão da Justiça. Aguardamos uma posição em favor dos estados produtores. E que essa riqueza possa ajudar todo o país", afirmou.

Sobre segurança pública, problema crônico do Espírito Santo, Marina disse que irá trabalhar de forma integrada caso eleita e a responsabilidade pelo setor não será apenas dos Estados.

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