Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

"Não é possível ter eleições livres e justas sob o império do abuso do poder econômico”, diz o juiz Márlon Reis sobre doações milionárias a campanhas

Matéria de capa do jornal O Estado de São Paulo destaca que as doações de campanhas eleitorais já somam R$ 1 bi. Metade vem de 19 empresas. Entre os maiores doadores estão bancos e empreiteiras que, geralmente, são os segmentos que mais lucraram nos últimos anos.

No setor da construção civil, a Construtora OAS doou R$ 66,8 milhões, sendo R$ 32 milhões para o PT. A Andrade Gutierrez doou R$ 33 milhões, com R$ 16 milhões para o PT, e R$ 13 milhões para o PSDB. A UTC deu R$ 29 milhões, a Queiroz Galvão doou R$ 25 milhões, e o Grupo Odebrecht, R$ 23 milhões.

No setor de alimentação, o grupo Ambev – dons de marcas com Brahma, Antarctica e Skol – doou R$ 41,5 milhões.

Entre os bancos, o Bradesco doou, até aqui, 30 milhões em contribuições vindas de empresas como Bradesco Vida e Previdência, Bradesco Saúde e Bradesco Capitalização. Foram R$ 9,4 milhões para o PSD, R$ 8,7 milhões para o PT, R$ 6,7 milhões para o PMDB e R$ 5,2 milhões para o PSDB.

O Banco BTG Pactual e sua administradores de recursos doaram R$ 17 milhões. 80% desse montante foram para PT e PMDB.

Em tom de indignação, o juiz Márlon Reis, autor de O Nobre Deputado, disse ao blog que isso é o império do abuso do poder econômico, que torna impossível termos eleições livres e justas.


"Não é possível ter eleições livres e justas sob o império do abuso do poder econômico. Precisamos de uma reforma política que varra do cenário as doações empresariais", diz o juiz. 

Confira trechos da matéria de capa de O Estadão.

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