Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Suposto 'comprador' do Sistema Mirante é investigado pela PF e não pode deixar o Brasil

Polícia Federal recolheu passaporte de Paulo Guimarães, dono do Sistema Meio Norte e possível 'comprador' do Sistema Mirante

Paulo Guimarães é apontado como possível
'comprador' do Sistema Mirante
Crescem os rumores de 'venda' do Sistema Mirante de Comunicação, pertencente à família Sarney. O possível 'comprador' seria o empresário Paulo Guimarães, dono do Sistema Meio Norte de Comunicação, no Piauí. Paulo Guimarães já teria negócios com Fernando Sarney, como revelara reportagem publicada no portal GTerra, em 2010 (Leia aqui), em 2010. 

Segundo informações do blog do Marcelo Minard, a venda do Sistema Mirante ao empresário Paulo Guimarães já estaria concretizada. Na postagem, o blogueiro divulga uma foto de um encontro entre Fernando Sarney e PG, com a presença do colunista Pergentino Holanda.

O empresário piauiense, dono de empresas em vários segmentos, é alvo de investigação da Polícia Federal. No mês de agosto, várias de suas empresas foram devassadas por uma operação da PF. Ainda em agosto, PG teve seu passaporte recolhido e está impedido de deixar o Brasil. Desde o ano de 2000 ele vinha residindo em Miami, nos EUA, de onde comandava seus negócios.

A imprensa piauiense deu grande destaque à "Operação Sorte Grande", da PF, que teve como alvo várias empresas de Paulo Guimarães. O site 180 graus, de Teresina, deu ênfase à apreensão do passaporte de PG.

Confira:

O empresário Paulo Guimarães e mais 13 pessoas investigadas pela operação ‘Sorte Grande’ realizada na última quarta-feira, em conjunto pela Receita e Polícia Federal, estão proibidos de sair do país. Seus passaportes foram recolhidos pela PF.Segundo o coordenador das operações, o delegado Carlos Alberto Nascimento, a justiça determinou que o passaporte de todos os envolvidos na operação fossem recolhidos para evitar que os investigados saíam do País.

“Em casos assim, a justiça impede que o investigado viage para fora do país até que a investigação encerre”, afirmou o delegado, um dia após a entrevista coletiva das autoridades envolvidas na investigação.

O empresário Paulo Guimarães tinha viagem programada para Miami (EUA) na manhã de quarta-feira, mas foi alcançado pela Polícia Federal ainda em São Paulo. É de Miami, onde mora desde o início dos anos 2000, que ele comanda as suas empresas no Piauí e demais Estados.

Sorte Grande

As investigações da Polícia Federal constataram que o empresário Paulo Guimarães, dono do Grupo Meio Norte, utilizava empresas e “laranjas”, onde foram realizadas sucessivas mudanças nos quadros societários dessas empresas devedoras do fisco para afastar de seus verdadeiros proprietários e transferiu os seus ativos para novas pessoas jurídicas, também constituídas com o emprego de “laranjas”, deixando as devedoras “falidas”, apenas com as dividas.

Segundo a Polícia Federal o grupo empresarial de grande porte, que reúne cerca de 60 empresas é suspeito de crimes como sonegação de impostos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em associação criminosa.

“O grupo agia da seguinte forma, quanto determinada empresa estava endividada em relação aos impostos, esta antes de procurar a Receita federal, ela passava seus bens para outra, que o grupo abria. Assim, parcelava suas dividas em parcelas mínimas, que nunca foram pagas”, explica o delegado.

A Operação Sorte Grande contou com a participação de 85 policiais federais, entre delegados, peritos, escrivães e agentes, além de 18 auditores e 4 analistas tributários da receita Federal.

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