Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Comerciante de terras volta a usar crianças e paralisar trânsito em SL

Mais uma vez, invasores de terras usam crianças irresponsavelmente na manifestação que bloqueia a Avenida Beira Mar, em São Luis

por John Cutrim

O comerciante de terras conhecido como Nestor voltou a infernizar a vida de milhares de pessoas na manhã desta quarta-feira (2) em São Luís. Usando crianças como escudo, ele liderou dezenas de pessoas e interrompeu outra vez o trânsito na Beira-Mar.

Tudo para tentar pressionar o governo do Estado a desapropriar área de seu interesse visando uma espécie de autorização legal para seguir com o lucrativo negócio das ocupações urbanas.

A atitude de Nestor beira a intolerância e mesmo irresponsabilidade, pois o governo do Estado já recebeu os manifestantes por diversas vezes visando negociar de forma pacífica uma alternativa para o grupo liderado pelo comerciante Nestor. Se predispôs, inclusive a inclui-los no programa Minha Casa Minha Vida. De nada adiantou.

O governo continua aberto ao diálogo e prova maior disso é que neste momento Nestor e outros manifestantes estão sendo recebidos no Palácio pelo secretário Chico Gonçalves (Direitos Humanos e Participação Popular) e outros membros do governo para dialogar e resolver o impasse. Contudo, o governo não pode adotar nenhuma medida contrária à Constituição e as leis.

É importante frisar que compete também ao governo do Estado garantir os direitos da população não representada pelo comerciante de terras Nestor, que tem sido prejudicada em seu legítimo direito de ir e vir.

A opinião do blog

Até quando teremos essas ações da "indústria de invasões" em São Luís? Com certeza, os líderes têm onde morar. Muitos têm vários imóveis. Fazem das invasões meio de vida. Sei que o déficit habitacional é grande, mas o Minha Casa Minha Vida está aí para garantir casa própria a quem vive de aluguel ou em casas de parentes. E onde fica o direito à propriedade? 

Outra coisa: muitos invasores, em pouco tempo, terminam se desfazendo de 'seus' lotes, negociando com pessoas de poder aquisitivo maior, como comerciantes. Vejam os casos das principais invasões de São Luís: as principais avenidas foram tomadas por grandes comércios. 

Para onde foram os invasores dessas áreas vendidas? Continuam alimentando a indústria de invasões?

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