Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Dilma denuncia “golpismo escancarado” e acusa oposição de espalhar “ódio e intolerância”

A presidente diz que tentativa de impeachment é contra Bolsa Família e salário mínimo

por Luiz Carlos Azenha

Em seu mais agressivo discurso contra a oposição até agora, a presidenta Dilma Rousseff disse, diante do décimo segundo Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Bernardo, que o que antes era apenas “inconformismo eleitoral” da oposição, diante da derrota de 2014, se transformou agora em “golpismo escancarado”.

“Eu sou presidenta porque fui eleita pelo povo em eleições lícitas. Eu sou presidenta para defender a Constituição e a democracia tão duramente conquistada por todos nós”, afirmou a certa altura.

Na audiência, além de sindicalistas, estavam os ex-presidentes Lula e Pepe Mujica, do Uruguai.

A presidenta disse que a hora é de unidade e convocou os presentes a lutar pela democracia.

Acusou a oposição de jogar “sem nenhum pudor” no quanto pior, melhor; “pior para a população, melhor para eles”.

Dilma disse que, através das redes sociais e da mídia, os golpistas “espalham o ódio e a intolerância”.

A essa altura, foi interrompida pelo público, que gritou “Fora Rede Globo, o povo não é bobo”.

Ela afirmou que a oposição quer “encurtar seu caminho ao poder” usando de fórmulas artificiais.

“A vontade de produzir um golpe é explícita”, denunciou.

Segundo Dilma, a tentativa de golpe não é contra ela, mas contra o projeto de inclusão social do PT, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e os aumentos do salário mínimo.

“A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral”, disse, alegando que parte disso se deve às políticas dos governos Lula e Dilma de fortalecer os órgãos de combate à corrupção.

A presidenta não fez menção explícita ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Dilma lembrou que não há acusação formal contra ela e que as chamadas “pedaladas fiscais” foram atos administrativos utilizados por todos os governos que a antecederam.

Ao encerrar, citou Pepe Mujica: “Esta democracia não é perfeita, porque nos não somos perfeitos. Mas, temos de defendê-la para melhorá-la, não sepultá-la”.

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