Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

PF revela superfaturamento de biópsias em Balsas e possível propina a mulher de Roberto Rocha

por Leandro Miranda
Blog Marrapá

Esposa de Roberto Rocha "interceptada" pela PF em conversa sobre superfaturamento e propina em Balsas.
Esposa de Roberto Rocha “interceptada” pela PF em conversa sobre superfaturamento e propina em Balsas.
Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal relacionam a esposa do senador Roberto Rocha, Ana Cristina Ayres Diniz, a superfaturamento de procedimentos e possíveis fraudes em licitação na Prefeitura de Balsas, administrada pelo prefeito Luís Rocha Filho, irmão do parlamentar do PSB.
Os membros da família Rocha não são investigados na Operação Sermão aos Peixes, da Polícia Federal, mas foram citados nas conversas entre os sócios de uma das empresas acusadas de lavar o dinheiro repassado pela Secretaria Estadual de Saúde, na gestão de Ricardo Murad (PMDB), para a Bem Viver – Oscip que administrava parte dos hospitais da rede estadual do Maranhão.
Num dos trechos do diálogo, os empresários Cloves Dias de Carvalho e Charles Miranda Lopes, donos do Centro de Medicina Clínica Ltda, conversam sobre um possível superfaturamento no valor de biópsias realizadas pelos hospitais da rede pública municipal de Balsas. Veja a transcrição da conversa abaixo:
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Na conversa, os indiciados na Operação Sermão aos Peixes também sugerem que parte do valor recebido com o superfaturamento seria repassado para alguém da prefeitura. A polícia conclui que essa pessoa é a esposa do senador Roberto Rocha.
“Aí já me botaram junto dela… porque quem gosta… quem gosta de um pote (de dinheiro) é ela, não é ele… porque é igual aqueles caras da Lava Jato falaram (Operação Lava Jato da Policia Federal) diz que para conseguir botar um tijolo o cabra tem que dar dinheiro, aí quando o cabra ganha um licitação honesta… É proibido”, diz Charles sobre a possível propina a Ana Maria. Leia:
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Segundo as investigações da Polícia Federal, Charles e Cloves movimentaram “muito dinheiro” da SES na gestão Murad. Os dois são acusados de abrir empresas para fraudar licitações em prefeituras do interior e desviar recursos públicos destinados pelo Ministério da Saúde para a prestação de serviços médicos nos hospitais da rede pública estadual de saúde.

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