Rádio Voz do Maranhão

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Fim do contrato publicitário com o governo do Maranhão e crise nos jornais impressos levam O Estado do Maranhão a cancelar edição de domingo

Abalado pela queda no faturamento, com o fim de contratos publicitários com o governo do Maranhão, o jornal O Estado do Maranhão, pertencente ao Sistema de Comunicação da família Sarney, foi obrigado a acabar com a edição dominical. O comunicado foi feito neste domingo (14).

O EMA já vinha dando sinais de que a crise é séria. Recentemente já havia demitido jornalistas e cortado suplementos. No comunicado de hoje, afirma que manterá a edição de domingo apenas na versão on line.

Durante os últimos governos de Roseana Sarney, algo em torno de 25% da verba publicitária era destinada ao sistema Mirante de Comunicação. Isso significou cerca de R$ 40 milhões de faturamento, ao longo dos últimos quatro anos.

Atacado de todas as formas pelos veículos de comunicação da família Sarney, o governador Flávio Dino mandou estancar a sangria de recursos publicitários para a Mirante. Com isso, o sistema está procurando se adaptar à nova realidade econômica, agravada pele crise que já abala os jornais impressos pelo mundo afora há algum tempo.

No Brasil, por exemplo, vários jornais abandonaram as bancas e mantêm somente a edição on line, como é o caso do Jornal do Brasil. Outros, terminaram por reduzir o formato para tabloide, além de enxugar as redações, com fusões de editorias.

Na avaliação de conhecedores dos problemas do diário da oligarquia, essa medida não seria consequência imediata da crise geral dos impressos, pois o EMA, além de arma política, é um fetiche do oligarca Sarney, portanto com elevada carga simbólica.

Essa crise pode refletir, ainda, dissensões internas graves. Recentemente o deputado Zequinha Sarney implantou um filho na administração do Sistema, depois que Roseana e Jorge teriam tentado dar um golpe nele.


Por fim, a crise de O Estado do Maranhão reflete também, mais agudamente, o despreparo dos Murad, que empurram o sarneysismo para o abismo.

Em tempos de vacas magras e da falta de financiamento dos cofres do governo do Maranhão, a ordem é reduzir custos e despesas para sobreviver.

Um comentário:

  1. José Dias

    Se pesquisar direitinho, a crise dos jornais impressos é mundial, em virtude de motivos óbvios.
    Mesmo assim, o EMA ainda é um dos jornais mais vendidos do Nordeste.

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