Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Pesquisadores encontram novas evidências de ligação do zika com microcefalia

Estudo foi apresentado no ‘New England Journal of Medicine’
João Pedro, de dois meses, chora no colo da mãe Daniele Santos, em Recife 
Nacho Doc /Reuters 

POR REUTERS


CHICAGO — Pesquisadores anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de novas evidências que reforçam a associação entre o vírus zika e casos de má-formação cerebral, citando a presença do vírus no cérebro de um feto abortado de uma mulher europeia que ficou grávida enquanto morava no Brasil.

Uma autópsia realizada no feto mostrou a microcefalia, além de lesão cerebral grave, e altos níveis de vírus zika em tecidos do cérebro fetal, excedendo os níveis do vírus normalmente encontrados em amostras de sangue, disseram pesquisadores do Centro Médico Universitário de Ljubljana, na Eslovênia, em texto no New England Journal of Medicine.

As descobertas ajudam "a fortalecer a associação biológica" entre a infecção pelo vírus zika e a microcefalia, afirmaram pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, em um editorial que acompanha a revista científica.

O Ministério da Saúde do Brasil confirmou no ano passado a relação entre o zika e o surto de microcefalia na Região Nordeste do país, mas os pesquisadores ainda tentam confirmar uma ligação científica.

Os casos suspeitos e confirmados de recém-nascidos com má-formação cerebral ligada ao vírus zika no Brasil chegaram a 4.074 até 30 de janeiro, segundo último balanço do Ministério da Saúde.

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