Preocupada com os desdobramentos das investigações, e temendo ser alvo de condução coercitiva ou mesmo de prisão, a filha do oligarca José Sarney sempre esteve de olho em foro privilegiado. Esse é o sonho de muitos investigados que devem ser protegidos por nomeações para ministérios.
Depois de tentar brilhar como a ‘princesa’
do impeachment na Câmara, atuando nos bastidores para conseguir votos que
garantissem a admissibilidade do processo contra a presidente Dilma, Roseana
Sarney volta às páginas policiais depois de se tornar ré em ação penal por acusaçãode desvios milionários na Secretária de Saúde, comandada pelo também réu
Ricardo Murad. Empresas envolvidas em fraudes em licitações do programa ‘Saúde
é Vida’ fizeram doações milionárias para a campanha da ex-governadora.
A ‘princesa do listão da
Odebrecht’ perde fôlego, portanto, para tentar barganhar algum cargo importante
em um possível governo Temer. Também
investigada na Lava Jato por acusação de ser beneficiária de propinas, a
ex-governadora sonhava com um ministério. Até o momento, ela não foi cotada ou
cogitada para nenhuma pasta. Há apenas a citação do nome do irmão ‘desafeto’,
Sarney Filho, para o Ministério do Meio Ambiente.
Preocupada com os desdobramentos
das investigações, e temendo ser alvo de condução coercitiva ou mesmo de
prisão, a filha do oligarca José Sarney sempre esteve de olho em foro
privilegiado. Esse é o sonho de muitos investigados que devem ser protegidos
por nomeações para ministérios.
Vendo que não tem estrutura
moral para ocupar um ministério, ela estaria barganhando algum cargo no segundo
ou terceiro escalão. O sonho da ‘princesa’ do listão da Odebrecht era comandar
a pasta da Educação, mas teria desistido. Seus principais obstáculos seriam a
investigação na Lava Jato e a falta de capacidade para conduzir um ministério,
pois sempre se mostrou uma péssima gestora da coisa pública. Para complicar,
vai ter que se preocupar com a defesa nessa ação penal por desvios na Saúde.
A ex-governadora, por todos os
crimes que constam na ação penal, pode vir a ser condenada a 29 anos de prisão. Outra
preocupação de Roseana é com a possibilidade de ficar inelegível por até oitos
anos, ficando fora das disputas pelo governo.
Todos sabem que o grupo Sarney
aposta no impeachment de Dilma para voltar a ter força junto ao Executivo e
tentar atrapalhar o governo de Flávio Dino, abrindo caminho para o retorno ao
poder em 2018. E Roseana sonha com essa volta ao poder. O problema é que terá
que enfrentar os tribunais e a polícia, que pode bater à sua porta a qualquer
momento por conta das investigações da Lava Jato.
Pelo rosário de broncas que tem
pela frente, Roseana deve mergulhar no ostracismo e se recolher por bom um bom
tempo. Talvez seja recomendável que ela passe um período em viagem pelo
exterior gastando o dinheiro adormecido em paraísos fiscais, já que o Wikileaks revelou, em 2009, que ela tinha 150 milhões de dólares em Caimãs.
São tempos nebulosos para a ‘princesa
da Odebrecht’. Se correr, o bicho pega! Se ficar, o bicho come!
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