Rádio Voz do Maranhão

domingo, 1 de maio de 2016

Time de Dilma e Lula está preparado para fazer forte oposição ao governo golpista de Michel Temer

Os petistas apostam no desgaste de Temer à frente da administração e muitos avaliam que, com o vice “emparedado”, Dilma poderá ser reconduzida ao Planalto mais à frente.
Diante da certeza de que será afastada por até 180 dias, a presidente Dilma Rousseff já teria combinado com a equipe a demissão coletiva. A ideia da presidente é publicar uma edição extra do Diário Oficial da União, assim que o Senado aprovar o impeachment, com a dispensa de todos os ministros. Além disso, os secretários executivos também devem entregar os cargos. É o que informa o jornal O Estado de São Paulo.

Na prática, tudo está sendo preparado para que Temer, assumindo como interino, não tenha transição de governo. “E cada vez que houver tentativa de desconstruir o que construímos, vamos para o enfrentamento”, afirmou ao Estado o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que ocupou a Casa Civil por 20 meses e mudou de posto com a reforma administrativa, no ano passado, após muitos atritos com o PMDB de Temer.

Mercadante disse que, confirmado o cenário de impedimento da presidente, ficará com ela até o julgamento final do Senado, previsto para setembro, mesmo sem cargo. Os petistas apostam no desgaste de Temer à frente da administração e muitos avaliam que, com o vice “emparedado”, Dilma poderá ser reconduzida ao Planalto mais à frente.

“Estamos há mais de treze anos no governo, mas se esquecem que temos pós-doutorado em oposição”, comentou Mercadante, contabilizando o período em que o PT ocupou a Presidência com Luiz Inácio Lula da Silva. “Imaginem o MST, a CUT e a UNE com liberdade para gritar e protestar. É o que eles mais gostam de fazer.”

Desagravo
Os ministros também planejam uma manifestação de solidariedade a Dilma no dia em que ela for deposta pelo Senado. “Não vamos reconhecer um governo que não teve origem democrática”, insistiu o titular da Educação.

A estratégia de Lula e do PT, de agora em diante, consiste em colar em Dilma o carimbo de “mulher injustiçada”, que foi apeada do poder por um “golpe”. É uma narrativa que pode até servir para a campanha deste ano, quando haverá disputas pelas Prefeituras, mas está sendo montada sob medida para se encaixar no figurino de 2018.


Pragmático, Lula se reaproximou dos movimentos sociais e com eles fará forte oposição a Temer. Agora, só depende do desfecho da Operação Lava Jato para lançar sua candidatura ao Planalto.

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